sábado, 19 de maio de 2012

miasmas ou a angustia existencial



eita tempos... morte, doença. purificações. eu tentando entender alguma coisa. não entendo. o frio me deixa paralisada. não, não gosto. a sensação na pele é boa. o vinho aquecida, é bom. o quentinho dos gatos sob a coberta. mas os frios nas costas, que vem de dentro, do pulmão. as ites, as dores no corpo. e do lado de fora? o céu cinza, a roupa cinza, a pele esverdeada, os cremes pra ajudar a não ressecar, a boca rachada. da vontade de comer toda hora, os quilos a mais. o peso das tantas cobertas.  o sul tropical frio e sem calefação. o chuveiro que pifa! as frestas nas paredes e piso. qdo chove, as goteiras. qdo esquenta,  os cupins. a calha que não é limpa a tempos. o vizinho que reclama. o gato desconhecido que ataca os meus. minha pinha pocô! linda! nunca tinha visto. foi uma felicidade. ela conseguiu tirar a minha atenção de muitas coisas nesses dias. fotografei, fucei, mexi, cheirei, contei, medi, pesei e compreendi. as falhas que seguram o pinhão. comparei a jaca, fruta comum a mim, pela minha origem. bagos da jaca, chamamos. e a cada momento ia mexendo naquela descoberta. com uma certeza, não ha como reconstitui-la. não tem como cunhar tudinho daquele jeito.  naturalmente perfeito. agora é fato!

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