sábado, 29 de setembro de 2012

rezinga de mulher

nos dias em que essa chuva miúda em mim persiste
resmungo... é nterminável

conclusão

e quando você saiu da minha vida...
eu chorei, bebi, fiquei nua e vivi

pergunta

por que quem a gente quer olhar nos olhos
quer nos ver pelas costas...

afirmação

porque quem a gente espera
nunca chega pra uma visita

é cárcere?

gostaria de guardar tudo o que amo e tenho saudade num potinho...

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

atitude?

e a alma? 
tá em dia como o visual?

enquanto isso na província


hoje por duas vezes me senti despida...
e nas duas situações,  nem tinha o interesse em tirar a roupa
as vilas e a vida do outro como tema

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

caderninho aberto

pra mim, quando a lua chega no topo do céu
no fundo da casa...
ainda temos uma noite inteira pra amanhecer

sábado, 22 de setembro de 2012

em plena Primavra

chegada da lua crescente... desejos de lua nova

Canção da lua nova (Rubinho do Vale/João Evangelista Rodrigues)

Água clara lua nova sabiá na laranjeira
Toda estrada se renova como as folhas da roseira
Cada rosa que se abre é um sonho que se colhe
Um cantar que não se sabe feito flor em nossos olhos
No olhar dessa uma menina namorando a claridade
Nos acordes da viola água clara nova rola
Dessa lua novamente acordando esse lugar
Nossa luta de água clara clareando a escuridão
No leito da vida bruta no peito de uma canção
Coração de uma menina desvendando a solidão
Vou cantar pra não morrer e nem pra viver em vão
Cada espinho que se colhe vai ser flor de outra canção
A razão de resistir é ser a rosa da roseira
Cada espinho do caminho não é cova traiçoeira
Água clara lua nova renovando a vida inteira

insomnie

será que foram as agulhas da acupuntura de hoje a noite?
ou os pensamentos que por vezes também espetam, cutucam
sei lá. chega sono, chega.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

as quatro estações

pra quem viu o dia nascer feio e cinza
sentiu o vento frio que veio com a chuva
feliz está por ver o céu cor de rosa
já já tem estrelas
já já vejo a lua

tanto quis...

coisa de Deus
Sta Coincidência, Sta Bondade, Sta Sorte
surpreendida com a graça do vento
cabelos ao vento
no mesmo instante agradeci aos céus, agradeci
fui atendida

é fato...

A Carta (Mário Quintana)

hoje encontrei dentro de um livro uma velha carta amarelecida
rasguei-a sem procurar ao menos saber de quem seria...
eu tenho um medo
horrível
a essas marés montantes do passado,
com suas quilhas afundadas,
com seus sucessivos cadáveres amarrados aos mastros
e gáveas...
ai de mim
ai de ti, ó velho mar profundo,
eu venho sempre à tona de todos os naufrágios!




...

quem nunca leu Quintana
não sabe a importância das reticências

exercícios de um novo tempo?

flagrei-me com tempo e desejo de ler. coisa rara e entrega  uma certa felicidade.
texto de estudo e poemas. mais exatamente Mário Quintana.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

hoje

as vezes, num fim de tarde, dá uma saudade
não sei bem de quem, não sei bem de onde
não sei

sábado, 15 de setembro de 2012

resolvi abrir meu caderninho...

ah, como eu queria ser dna. Amália Rodrigues...

eu sou uma cantora.
interprete de mim mesma.
uso a canção pra falar de mim. porque na verdade eu sou o meu assunto.
consigo te entreter... nem sempre! mas na maioria das vezes.
eu falo de amor. sempre!
eu canto com amor. quase sempre...
raramente, não.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

vem chegando a primavera... deixe que entre.

hoje meu pai faria 86 anos. esse ano fez 10 de sua nova vida, a espiritual.
me bateu uma saudade... desde  quinta feira venho tentando entender porque a melancolia me consumia. aqueles que sabem de mim,  a viram no meu olhar. a lua cheia então... veio pra me deixar mais sensível.
procurando uma explicação pra tamanha fragilidade, passei horas em silencio e sozinha.  cheguei a colocar toda a culpa na TPM. o que seria de nós mulheres sem a possibilidade de culpa-la. se tenho uma tristeza... pode ser porque  meu pai não me viu cantar. um ano após sua morte resolvi fazer do canto meu oficio. se vivo fosse eu o diria: pai, amanhã vou cantar pra você, em sua homenagem! agradeço ao sr. Jorge Elias pela parceria pai-filha, pelas conversas, os almoços de miojo aos domingos. jorginho,  um beijo e muita saudade