agradeço a saúde, agradeço pelos acontecimentos.
mas Deus, não esquece...
vc sabe que vim ao mundo pra contemplar, né?
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
passarinhos cantando na paisagem
... se eu morrer hoje
quero voltar eu mesma.
tanta coisa pra fazer...
acho que não vai dar muito tempo, eu acho...
quero voltar eu mesma.
tanta coisa pra fazer...
acho que não vai dar muito tempo, eu acho...
o subúrbio
... que pode ser qqer lugar depois do túnel
os amores de lá sempre sonhavam em cruzar o túnel.
os amores de lá sempre sonhavam em cruzar o túnel.
punheta
em sta teresa, eram os amores maduros
longas caminhadas filosofando
copo cheio, copo vazio
e o sexo chamava... verbal
longas caminhadas filosofando
copo cheio, copo vazio
e o sexo chamava... verbal
das lembranças
lembrei dos 4 anos que morei em Copacabana
a madrugada era sempre companheira
nas caminhadas, nas boates
amor não era artigo de luxo...
em cada esquina dava-se uma chance ao destino
não era prostituição... eu era jovem.
domingo de faxina
madrugada de sábado:
... e a casa diria, se falasse: _ me limpa! pelo menos como tenta limpar a tua bunda!
casa grossa... que nem eu!
... e a casa diria, se falasse: _ me limpa! pelo menos como tenta limpar a tua bunda!
casa grossa... que nem eu!
do lar
tenho gostado dos meus poucos tempos em casa
é quando sento na sala ouvindo música e vejo a grama crescida e a ração acabando.
é quando sento na sala ouvindo música e vejo a grama crescida e a ração acabando.
semana
semana de árduo trabalho
semana de lindos encontros
me despeço de uma semana que vai deixar saudade
semana de lindos encontros
me despeço de uma semana que vai deixar saudade
abrindo o caderninho...
caso ou aprendo a andar de bicicleta...
caso e aprendo a andar de bicicleta...
caso eu aprenda a andar de bicicleta... caso...
caso e aprendo a andar de bicicleta...
caso eu aprenda a andar de bicicleta... caso...
sábado, 13 de outubro de 2012
emociona
Chora, disfarça e chora
Aproveita a voz do lamento
Que já vem a aurora
A pessoa que tanto queria
Antes mesmo de raiar o dia
Deixou o ensaio por outra
Oh! triste senhora
Disfarça e chora
Todo o pranto tem hora
E eu vejo seu pranto cair
No momento mais certo
Olhar, gostar só de longe
Não faz ninguém chegar perto
E o seu pranto oh! Triste senhora
Vai molhar o deserto
Disfarça e chora
é triste, mas é doce
Jacob e Hermínio Bello de Carvalho
Pra você repensar em nós dois
Não demolir o que ainda restou pra depois
Sabes que a língua do povo
É contumaz, traiçoeira
Quer incendiar desordeira atear fogo ao fogo
Tu sabes bem quantas portas tem meu coração
E dos punhais cravados pela ingratidão
Sabes também quanto é passageira essa desavença
Não destrates o amor
Se o problema é pedir, implorar
Vem aqui, fica aqui
Pisa aqui neste meu coração
Que é só teu, todinho teu, o escurraça
E faz dele de gato e sapato
E o inferniza e o ameaça
Pisando, ofendendo ,o desconsiderando
O descomposturando com todo vigor
Mas se tal não bastar
O remédio é tocar
Esse barco do jeito que está
Sem duas vezes se cogitar
Doce de coco, meu bombocado
Meu mau pedaço de fato és um esparadrapo
Que não desgrudou de mim
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
para o que não tem solução
"Para o que o suor não me deu
O fogo do amor ensinou
Ser o barro embaixo do sol
Ser chuva lavrando sertão
Qual aleijadinho de sabará
E a semente das bananas
Para o que não tem solução
A sede do peixe ensinou
Não me vale a água do mar
Nem vinho, nem glória, navio
Nem o sal da língua que beija o frio
Nem ao menos toda raiva
Para o que não tem mais razão
A calma do louco ensinou
A dizer nada
Para o que não tem mais nada
A calma do louco ensinou
A dizer razão"
O fogo do amor ensinou
Ser o barro embaixo do sol
Ser chuva lavrando sertão
Qual aleijadinho de sabará
E a semente das bananas
Para o que não tem solução
A sede do peixe ensinou
Não me vale a água do mar
Nem vinho, nem glória, navio
Nem o sal da língua que beija o frio
Nem ao menos toda raiva
Para o que não tem mais razão
A calma do louco ensinou
A dizer nada
Para o que não tem mais nada
A calma do louco ensinou
A dizer razão"
m. nascimento e m. guedes
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
e quando tudo fica turvo, diz vivi:
olhar de cacimbo
e diz mais...
"porque nenhuma visão é neutra,
porque o turvo precisa ser dito, antes que se perca em escuridão"
e diz mais...
"porque nenhuma visão é neutra,
porque o turvo precisa ser dito, antes que se perca em escuridão"
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
por que?
ela bateu na minha janela
bateu outra vez
de novo...
eu abri e ela se atirou sobre a minha cama
me acarinhou a noite inteira
ah lua... por que insistes nesse romance?
bateu outra vez
de novo...
eu abri e ela se atirou sobre a minha cama
me acarinhou a noite inteira
ah lua... por que insistes nesse romance?
Clarice Lispector
"Eu escrevo para fazer existir e para existir-me.
Desde criança procuro o sopro da palavra que dá vida aos sussurros. "
terça-feira, 2 de outubro de 2012
sou mesmo essa confusão toda
cantar é quase um milagre.
eu sempre fui tímida e reservada.
aprendi a ser cara de pau e popular
desde de pequena eu escrevo.
historinhas, cartas pra prima, redações pra escola
cartões de natal, cadernos/diários
na calça jeans, na camiseta escolar... no fim das aulas.
minha boneca favorita ganhei já grande. ela não tinha boca
mas tinha grandes olhos.
grandes, pequenos, verdes, azuis, mesmo que mentirosos,
castanhos, pretos, amendoados, redondos, apertados...
olhos sempre me apaixonaram
o olhar me apaixona
talvez porque eu tenha aprendido a falar com os meus e a entender outros.
sabia nos olhos a reprovação da mãe e também seu carinho.
os olhos pedinte da minha irmã e da minha cadela
os olhos apaixonados da moça bonita e do olhar agradecido do amigo
quando pequena eu não falava muito.
tinha olhos melancólicos como me disse uma vez o irmão de um amigo
olhos de capitú, também já ouvi falar que tenho
olhos de cobra... por conta da cor
olhos lindos
eu escrevo pq pouca gente sabe decifrar olhos
escrevia mais antes de cantar
escrever é a parte de mim que quer comunicar mais diretamente
não sei se consegue... não sei se tem clareza
ou se sou essa bagunça toda,
aqui dentro,
que nem minha cabeça
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
hoje eu quero falar de teatro.
eu acho atores, peças e diretores um saco.
vergonha alheia tá na platéia e ver aquele ser patético que nem sabe dar o texto....figurino, musica, cenário, luz. tah!
mas não considere meu comentário. não considere meu ponto de vista.
sobre teatro nada sei.
não sei tecer críticas sobre isso, não tenho essa linguagem
não vi as grandes peças, não li os textos clássicos
não conheço os grandes dramaturgos, não sei sobre os diretores.
e por vezes me poupo de fazer elogios ou mesmo comentários, críticas...
porque penso que nada sei.
hoje eu quero falar pra Greice Barros...
o que te dizer? posso ser repetitiva
posso ser sem sal...banal...
vc sorri, agradece e aí?
e aí o que?
mas vc me provoca...
vc é, naquele momento, aquilo que me toca profundamente.
e quero te dizer. apenas te dizer
por favor, é necessário pra mim...
Greice Barros... vc é do CARALHO!!
e caralho, nesses termos, quer dizer muito bom, maravilhoso
o que provoca em mim...
riso, choro, raiva, tesão
esqueço que ali é vc...
e quando lembro, aí me emociono mesmo.
ih! olha lá... é a Gre...
sou aquela parcela dos 99% do público (que nada sabe sobre) que vai ao teatro e
vê, ouve e pode chorar, rir, se emocionar, ter estranhezas, nojo, carinho.
pode ser colocado pra pensar, pode não ser tocado também.
hoje eu quero falar do Circo Negro
... cenário, luz, figurino, atores, texto, diretor, a cia
a música... tudo do CARALHO!!!!
...mas caralho é bom!
sábado, 29 de setembro de 2012
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
enquanto isso na província
hoje por duas vezes me senti despida...
e nas duas situações, nem tinha o interesse em tirar a roupa
as vilas e a vida do outro como tema
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
caderninho aberto
pra mim, quando a lua chega no topo do céu
no fundo da casa...
ainda temos uma noite inteira pra amanhecer
no fundo da casa...
ainda temos uma noite inteira pra amanhecer
sábado, 22 de setembro de 2012
em plena Primavra
chegada da lua crescente... desejos de lua nova
Canção da lua nova (Rubinho do Vale/João Evangelista Rodrigues)
Canção da lua nova (Rubinho do Vale/João Evangelista Rodrigues)
Água clara lua nova sabiá na laranjeira
Toda estrada se renova como as folhas da roseira
Cada rosa que se abre é um sonho que se colhe
Um cantar que não se sabe feito flor em nossos olhos
No olhar dessa uma menina namorando a claridade
Nos acordes da viola água clara nova rola
Dessa lua novamente acordando esse lugar
Nossa luta de água clara clareando a escuridão
No leito da vida bruta no peito de uma canção
Coração de uma menina desvendando a solidão
Vou cantar pra não morrer e nem pra viver em vão
Cada espinho que se colhe vai ser flor de outra canção
A razão de resistir é ser a rosa da roseira
Cada espinho do caminho não é cova traiçoeira
Água clara lua nova renovando a vida inteira
Cada rosa que se abre é um sonho que se colhe
Um cantar que não se sabe feito flor em nossos olhos
No olhar dessa uma menina namorando a claridade
Nos acordes da viola água clara nova rola
Dessa lua novamente acordando esse lugar
Nossa luta de água clara clareando a escuridão
No leito da vida bruta no peito de uma canção
Coração de uma menina desvendando a solidão
Vou cantar pra não morrer e nem pra viver em vão
Cada espinho que se colhe vai ser flor de outra canção
A razão de resistir é ser a rosa da roseira
Cada espinho do caminho não é cova traiçoeira
Água clara lua nova renovando a vida inteira
insomnie
será que foram as agulhas da acupuntura de hoje a noite?
ou os pensamentos que por vezes também espetam, cutucam
sei lá. chega sono, chega.
ou os pensamentos que por vezes também espetam, cutucam
sei lá. chega sono, chega.
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
as quatro estações
pra quem viu o dia nascer feio e cinza
sentiu o vento frio que veio com a chuva
feliz está por ver o céu cor de rosa
já já tem estrelas
já já vejo a lua
sentiu o vento frio que veio com a chuva
feliz está por ver o céu cor de rosa
já já tem estrelas
já já vejo a lua
tanto quis...
coisa de Deus
Sta Coincidência, Sta Bondade, Sta Sorte
surpreendida com a graça do vento
cabelos ao vento
no mesmo instante agradeci aos céus, agradeci
fui atendida
Sta Coincidência, Sta Bondade, Sta Sorte
surpreendida com a graça do vento
cabelos ao vento
no mesmo instante agradeci aos céus, agradeci
fui atendida
é fato...
A Carta (Mário Quintana)
hoje encontrei dentro de um livro uma velha carta amarelecida
rasguei-a sem procurar ao menos saber de quem seria...
eu tenho um medo
horrível
a essas marés montantes do passado,
com suas quilhas afundadas,
com seus sucessivos cadáveres amarrados aos mastros
e gáveas...
ai de mim
ai de ti, ó velho mar profundo,
eu venho sempre à tona de todos os naufrágios!
hoje encontrei dentro de um livro uma velha carta amarelecida
rasguei-a sem procurar ao menos saber de quem seria...
eu tenho um medo
horrível
a essas marés montantes do passado,
com suas quilhas afundadas,
com seus sucessivos cadáveres amarrados aos mastros
e gáveas...
ai de mim
ai de ti, ó velho mar profundo,
eu venho sempre à tona de todos os naufrágios!
exercícios de um novo tempo?
flagrei-me com tempo e desejo de ler. coisa rara e entrega uma certa felicidade.
texto de estudo e poemas. mais exatamente Mário Quintana.
texto de estudo e poemas. mais exatamente Mário Quintana.
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
sábado, 15 de setembro de 2012
ah, como eu queria ser dna. Amália Rodrigues...
eu sou uma cantora.
interprete de mim mesma.
uso a canção pra falar de mim. porque na verdade eu sou o meu assunto.
consigo te entreter... nem sempre! mas na maioria das vezes.
eu falo de amor. sempre!
eu canto com amor. quase sempre...
raramente, não.
interprete de mim mesma.
uso a canção pra falar de mim. porque na verdade eu sou o meu assunto.
consigo te entreter... nem sempre! mas na maioria das vezes.
eu falo de amor. sempre!
eu canto com amor. quase sempre...
raramente, não.
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
vem chegando a primavera... deixe que entre.
hoje meu pai faria 86 anos. esse ano fez 10 de sua nova vida, a espiritual.
me bateu uma saudade... desde quinta feira venho tentando entender porque a melancolia me consumia. aqueles que sabem de mim, a viram no meu olhar. a lua cheia então... veio pra me deixar mais sensível.
procurando uma explicação pra tamanha fragilidade, passei horas em silencio e sozinha. cheguei a colocar toda a culpa na TPM. o que seria de nós mulheres sem a possibilidade de culpa-la. se tenho uma tristeza... pode ser porque meu pai não me viu cantar. um ano após sua morte resolvi fazer do canto meu oficio. se vivo fosse eu o diria: pai, amanhã vou cantar pra você, em sua homenagem! agradeço ao sr. Jorge Elias pela parceria pai-filha, pelas conversas, os almoços de miojo aos domingos. jorginho, um beijo e muita saudade
me bateu uma saudade... desde quinta feira venho tentando entender porque a melancolia me consumia. aqueles que sabem de mim, a viram no meu olhar. a lua cheia então... veio pra me deixar mais sensível.
procurando uma explicação pra tamanha fragilidade, passei horas em silencio e sozinha. cheguei a colocar toda a culpa na TPM. o que seria de nós mulheres sem a possibilidade de culpa-la. se tenho uma tristeza... pode ser porque meu pai não me viu cantar. um ano após sua morte resolvi fazer do canto meu oficio. se vivo fosse eu o diria: pai, amanhã vou cantar pra você, em sua homenagem! agradeço ao sr. Jorge Elias pela parceria pai-filha, pelas conversas, os almoços de miojo aos domingos. jorginho, um beijo e muita saudade
sexta-feira, 31 de agosto de 2012
terça-feira, 28 de agosto de 2012
terça-feira, 26 de junho de 2012
segunda feira
foi tomada por uma artística loucura
deu de pintar nas paredes, escrever
não é bem loucura
é que já não cabe mais em si
apenas quer falar
sem ninguém pra ouvir
vê solução na tinta, no pincel
deu de pintar nas paredes pra relaxar as idéias
deu de pintar nas paredes pra distrair o coração
guarda o rodapé pras pequenas notas, observações
e lugares mais altos pros assuntos secretos e amores
esses não são pra todos
nem pra toda hora.
deu de pintar nas paredes, escrever
não é bem loucura
é que já não cabe mais em si
apenas quer falar
sem ninguém pra ouvir
vê solução na tinta, no pincel
deu de pintar nas paredes pra relaxar as idéias
deu de pintar nas paredes pra distrair o coração
guarda o rodapé pras pequenas notas, observações
e lugares mais altos pros assuntos secretos e amores
esses não são pra todos
nem pra toda hora.
sábado, 2 de junho de 2012
sábado, 19 de maio de 2012
miasmas ou a angustia existencial
eita tempos... morte, doença. purificações. eu tentando entender alguma coisa. não entendo. o frio me deixa paralisada. não, não gosto. a sensação na pele é boa. o vinho aquecida, é bom. o quentinho dos gatos sob a coberta. mas os frios nas costas, que vem de dentro, do pulmão. as ites, as dores no corpo. e do lado de fora? o céu cinza, a roupa cinza, a pele esverdeada, os cremes pra ajudar a não ressecar, a boca rachada. da vontade de comer toda hora, os quilos a mais. o peso das tantas cobertas. o sul tropical frio e sem calefação. o chuveiro que pifa! as frestas nas paredes e piso. qdo chove, as goteiras. qdo esquenta, os cupins. a calha que não é limpa a tempos. o vizinho que reclama. o gato desconhecido que ataca os meus. minha pinha pocô! linda! nunca tinha visto. foi uma felicidade. ela conseguiu tirar a minha atenção de muitas coisas nesses dias. fotografei, fucei, mexi, cheirei, contei, medi, pesei e compreendi. as falhas que seguram o pinhão. comparei a jaca, fruta comum a mim, pela minha origem. bagos da jaca, chamamos. e a cada momento ia mexendo naquela descoberta. com uma certeza, não ha como reconstitui-la. não tem como cunhar tudinho daquele jeito. naturalmente perfeito. agora é fato!
sexta-feira, 18 de maio de 2012
quinta-feira, 17 de maio de 2012
sábado, 12 de maio de 2012
terça-feira, 27 de março de 2012
pulmão
outono... chegou.
corpo estranho, não o outono...
eu.
a tempestade chegou e eu cheguei por aqui.
tenho escrito, num caderninho. a administração disso é melhor. desopilo pra mim mesma. haja pulmão. haja pulmão. haja pulmão.
corpo estranho, não o outono...
eu.
a tempestade chegou e eu cheguei por aqui.
tenho escrito, num caderninho. a administração disso é melhor. desopilo pra mim mesma. haja pulmão. haja pulmão. haja pulmão.
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