sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

désopiler

Sonhei... Um ex-amor... Que estranho.
No sonho nem nos falávamos... Era triste. Triste também é imaginar que existem ex-amores. Ex-marido, ex-esposa, ex-sogra, ex-namorado, vá lá... Mas ex-amor... Me confundi um pouco. Meu amigo André Lameirão me disse uma vez: “amor a gente não tira do coração... Senão fica buraco. A gente arruma um lugarzinho por ali e aloja ele de forma bem carinhosa”. No inicio achei que era bobagem... Papo de gente analisada... Devo ter pensado na época... Mas depois de um tempo, vi que fazia sentido. Aquele amor ali, no meu coração, é meu... De mais ninguém. Foram coisas que eu nutri por alguém e devo guardá-las como algo bem precioso. Sentimentos nobres. Sim, porque a gente fica um tempo pensando como “o outro é ruim”, “como fomos malvados”, “não, é o outro que não presta”, “não, nós é que fomos sacanas”... Nada... Cada um com as suas duvidas e certezas... E com a sua forma de amar. Fala aí... Quem não sai de uma relação achando que deixou os melhores momentos com a outra pessoa? Vixi! Melhores momentos estão sempre por vir. Dois pensamentos:
“Demorei pra entender que o que eu buscava em você, esteve todo tempo comigo”.
e
“A única certeza é que depois de um grande amor... vem outro.”
Para os dois só depende da gente.
Do primeiro... Tive um tempo de traumas, achando que nunca iria a lugar nenhum, porque a coisa mais preciosa que tinha, havia ficado com o outro, blá, blá, blá... Nada fica com o outro. Às vezes a gente se perde... Mas essas perdas são sobre o nosso ponto de vista. Nós como referência. Então, se isso acontece, estávamos perdidos demais ou nos perdemos lá pelo meio.
Do segundo... Tem o tempo de luto, às vezes maior às vezes menor... Mas sempre luto. Chora, dorme, vê foto, rasga carta, telefona (?), manda mail idiota, queima bilhetes, oferta aos outros presentes ganhos e de grande valor sentimental... Só pra tirar da vista, mas sem ter que jogar fora. Ou escolhe uma coisa bem valiosa e guarda... No fundinho da gaveta... E um dia transforma num relicário. E depois meu caro, minha cara... Prepara o coração porque lá vem novo amor... Nova paixão. Mas ó só! Chega desse papo de: “não vou me envolver”... ”Deixa como está”... “Vê quando dá”....
Para de ficar cansando a máquina por nada. Se vai trabalhar com o amor...trabalha pesado. Dedique-se, ouse, assuma, beije, faça amor...como se fosse a primeira vez, olhe nos olhos, diga que ama...faça paródias, fale bobagens, “cai dentro”. No amor 100% de tudo... Às vezes... É pouca coisa.
Desobstrua... désopiler, sempre.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

désopiler 2

désopiler bem, pra amar melhor!

Provei
Do amor todo amargor
Que ele tem
Então jurei nunca mais amar ninguém
Porém eu agora encontrei alguém
Que me compreende
E que me quer bem
E quem fala mal do amor
Não sabe a vida gozar
Quem mal diz a própria dor
Tem amor
Mas não sabe amar
Nunca se deve jurar
Não mais amar a ninguém
Ninguém pode evitar
De se apaixonar por alguém

Esse texto aí é do Vadico com musica do Noel.
Vocês realmente acreditam em amor, que compreende... que aceita...
Acredito no amor. E cada dia mais no amor próprio. Aquele que deixa a gente forte e disposto a compartilhar boas coisas com os outros. É né, amor é uma coisa só... Universal. Já dizia o antigo ministro... Graças a Deus, novamente e integralmente músico, Gilberto Passos Gil Moreira:

“Sentir é questão de pele
Amor é tudo que move
O melhor lugar do mundo é aqui,
E agora”

Alguma dúvida? Já tem um tempo que comecei uma campanha interna... Em mim mesma... (risos). Essas são as melhores e de efeito: “fique feliz com você mesma!!!” E olha que tô acompanhada, hein? Então não é nada do tipo... “Não quero mais amar a ninguém”... Quero amar... Sempre. Mas acredito que pra isso tenho que estar feliz. Quero estar feliz.
Como?
Em primeiro lugar sendo integra com meus sentimentos. Sinto, sinto. Não sinto... Sinto muito ou quase nem tanto.
Estar feliz no trabalho também é uma coisa boa pra felicidade geral ir bem. Estar cuidando dos bichinhos pequenos e internos que habitam o ser de cada um... Também é bom. Muito bom. Um terapeuta pode ajudar. Às vezes uns remedinhos, pra repor aquelas substancias que o organismo tá precisando. Mas isso só o Dr. pode dizer. Remedinhos por conta própria... Não legal! Droguinhas no auge do problema, não bom! Drogas? Cada um sabe as suas... Creio que drogas são sempre os exageros, excessos.
Então vamos aí. Tentando fazer o dever de casa bem.
Receitas?
Não há. Mas quando tô “pra lá de bem”. Me amando muito, já sei diagnosticar...
Por exemplo: arrumo a cama pela manhã. Tiro a roupa da corda e dobro logo em seguida e guardo. Tenho legumes, verduras e frutas em casa. Minhas gatas dormem de roncar. Me comunico melhor com as pessoas. Procuro, ligo pro Rio de Janeiro mais vezes, escrevo mais emails pessoais, ligo pra dinda, banho as gatas, rego as plantas e reparo que a grama tá bonita... Ah, isso é infalível. Quando começa a prestar a atenção na natureza... É que tá no auge da felicidade.
Dia desses Letícia me disse: as formigas são tão educadas, né? Quando passam umas pelas outras, se cumprimentam... (risos dela). É... Devem ser japonesas, brinquei. (risos nossos). Com certeza, nesse dia, estávamos no auge da tal felicidade. Amor.
Grana também ajuda na tal felicidade pessoal. Ter o dinheiro das contas é bom. O das contas mais o das roupas, saídas, viagens: é lindo. Ganhar esse dinheiro com seu trabalho: é maravilhoso. Esse trabalho ser o que você gosta: é divino. Isso tudo aí ser bancado com arte, sei lá o que é... Ainda não cheguei nesse lugar. Um dia te conto (risos).
A tal da arte... Trabalhar e ter prazer.
Alguém já perguntou se o caixa de banco tem prazer no que faz? Mas faz. E tem a grana dele nas férias de fevereiro pra ir pro nordeste se acabar no frevo.
Dia desses uma amiga me disse: “sou uma pessoa realizada profissionalmente. Tenho apartamento, carro, viajo com meu trabalho, viajo nas férias... graças a Deus tô casada há 8 anos, com uma pessoa bem legal. (bem legal é adjetivo pra um cônjuge?)... Então, seguindo a na sua explanação: Vou fazer um concurso público! Resolvi que vou carimbar papel... Dinheirinho certo, sem maiores problemas, aposentadoria...” Acho bom quando a pessoa se realiza, sabe o que quer e vai atrás. Amor. Por que na verdade vivendo no Brasil, a gente tem que cuidar pra não ficar achando que o normal é se lascar pra ter as coisas. Se sentir vagabundo por ser artista, ou marginal por ser músico. Mas também não se dedicar tanto ao consumo e a visão de capital que diz a todo tempo: se você não tem aquilo, não tem nada. Não é ninguém.
Bem já explanei o dia de hoje. O tema é amor, amor, amor. I LOVE ME! Porque aí... I LOVE YOU! Sacou?
Désopiler pra você também.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

désopiler 1

Salve, salve
Já entrou 2009?
Ahh... Resolvi fazer do dia de hoje a estréia dessa pagina.
Désopiler é nada mais, nem menos do que uma conversinha comigo mesma...
Fiz uma viagem no fim de ano. Fui ver a família no Rio de Janeiro... Natal, passagem de ano... Cumprindo o “status quo”. Foi bom, mas não via a hora de voltar. Depois de certo tempo, porque não dizer idade, a gente não consegue ficar muito longe do que chamamos de casa, apesar de ter certeza de que a casa da gente está dentro da gente.. Isso é piegas. Eu sou assim. Bem, voltando na viagem... Peguei um ônibus em Curitiba e aportei no Rio de Janeiro. Na própria rodoviária Novo Rio (que, pelo amor do bom Deus... tem anos em reforma), entrei num micro- ônibus...na nova ortografia acho que prefixo que termina com a mesma vogal da próxima palavra, mantém hífen... Eu no micro-ônibus, passei pela cidade nova, antiga praça onze, Estácio, passando no pé do morro de São Carlos, e fui alinhavando por ruas conhecidas por mim há muito, pensando em mais uma vez chegar ao Rio de Janeiro nesta data... Lugar comum. Todas as pessoas “do mundo” freqüentam a cidade maravilhosa em dezembro e janeiro. Ufa! Desci no Largo do Machado, agradecendo ao motorista pelo tur, na minha própria cidade, sim, porque uma vez carioca... Sempre carioca. E você pode nem ter nascido lá... O Rio carimba você. Visitei minha irmã mais velha que mora na rua colada ao Largo, deixei as lembranças de natal, pois afinal já era dia 24 e a festa seria na sua casa, tomei café com meus sobrinhos Fábio e Gui e segui de metrô para Botafogo... Meu bairro natal. Nasci e me criei em Botafogo. Vendo as vilas, os casarios e as escolas transformarem-se em ruas e “grandes” edifícios... Do tipo play e sauna. A SEARS se transformar em shoping Botafogo e cinemas bem empoeirados e pornôs em salas nobres onde se paga 20,00 pra ver um filme. Haja grana pra agitar na vida cultural do Rio de Janeiro. Mas isso é outro detalhe. Passei uns três dias só de família. Olhando minha mãe e o tempo passando pra nós. Olhando meus irmãos, sobrinhos e querendo muito olhar meus amigos, mas sem saber como. É fácil entender.... Enquanto eu chego ao Rio de Janeiro, como milhares de pessoas do mundo... Meus amigos saem! Querem paz no fim de ano. Fazem eles muito bem. Foi duro encontrar um querido que fosse pra dar um beijo, desejar boas entradas... Na verdade só queria um chopp e um bom papo. Desses que a gente fica meses, no meu caso ano, esperando. No domingo, num sopro de sorte, encontrei o André Sena. Querido, querido. Passeamos como de costume na Urca. Bairro onde ele foi criado e de certa forma eu também. A Urca, colada a Botafogo, na minha época (olha a idade), a praia era propicia, e a colônia de férias do forte São João era o meu lugar. Todo ano eu lá. Maiô, sainha azul, bolsa branca com a logo do EXEFEX, gorro ou boné, muito sol e mar. Da manhã até o fim da tarde. Fui uma criança de praia. Também fui de prédio e de roça. Dependia da época do ano. Viagem salva por André Sena... Amigo. Sabemos que nosso tempo é outro... Por isso o espero aqui, na minha casa. Pra um café com bolo e muita conversa. André, amigo do tipo “deitar junto”, conversando. Do tipo também que assiste filme e se entope de chocolate pra curar a doideira e sai no meio da noite pra respirar ar fora do apartamento. Daquele também que a gente liga no meio da noite pedindo aconselhamento de alguma merda que fez e ele não só dá colo como não julga e acha normal, humano. Esse é o André. Obrigada André! Era hora de tentar aqueles que falaram tanto da sua chegada, te ver, tomar umas, pegar praia... Telefones fora da área, fixos... Não atendem. Esses partiram antes do natal e não regressaram antes da minha partida. Ô dó!!! Na terça um telefonema corta a manhã... Alô, Rô? Te acordei? É Marcelo. Ai, ai! Era a gloria... Esse cara não via há tempos. Me acordou pra dizer que seu filho nasceu: Francisco... Como ele mesmo diria: surreal, Rô, surreal! Fui buscá-lo na porta da maternidade e saímos andar pelo Catete e Largo do Machado, trocando impressões e falando cada qual da sua vida. Voltei ao ponto de partida Largo do Machado... Dessa vez pra tomar um chopp e comer bolinho de bacalhau... Naquela adega ali... Como chama? ...falha minha. Eu me perdôo. Muitas conversas, a namorada do Marcelo ligou e rumamos para o meu deleite. GOHAN... Nossa. Não quero nem narrar. Isso precisa de palavras com requinte de gastronomia... É cruel. Mas foi bom ver o povo de lá... Luisa, Carla... A galera que faz aquele lugar ser único, pra mim, no mundo. Encontrei Gloria, minha professora de canto. Nossa, fazia tempo. E sua prole... Crescida. Moça e rapaz. Nesse mesmo dia vi Marlene, querida, e rumei para o maracanã para ver Socorro Rocha. A popular visita de médico. Entrei, trocamos presentes, ela trocou de bolsa, acho, e rumou para o centro... As duas de metrô, que ela adora, correndo pra falar o máximo possível até a estação da Carioca. Ela se apressava para a saída do Cordão do Bola Preta... Nossa, reclamo que não fiz nada, mas para algumas coisas já me falta fôlego... O Rio é intenso. 100% de tudo naquela cidade, às vezes é pouco. Entre uma visita ao shoping e outra ao restaurante da esquina, uma ida a Lagoa pra ver a árvore de natal do Bradesco... Um coco com Mônica e não via a hora de voltar pra casa. Ver minhas gatas, dormir sobre os meus lençóis e perceber que não levei minha casa ao Rio... Aquele papo lá de cima... Casa... Dentro da gente. Mas o tema que não me fugiu da mente nem na ida nem na volta da viagem e me perseguiu por lá e me perseguiu aqui antes de ir e ao voltar... Onde estão meus amigos? Quem são? Como são? Que amiga sou eu? Lembro que uma vez chorosa do tema disse a uma amiga... Meus amigos ficaram no Rio, por isso sofro. E ela prontamente me disse: amigos a gente faz em todos os lugares. Pois é! Então, essa lição não aprendi. Comi bola. Não fiz aqui (Curitiba), mas também não cuidei dos de lá (Rio). Não plantei aqui e nem reguei lá. Tô no deserto. Sem maiores dramas, esse texto é só pra desopilar.
Feliz tudo em 2009!!!