sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

désopiler 1

Salve, salve
Já entrou 2009?
Ahh... Resolvi fazer do dia de hoje a estréia dessa pagina.
Désopiler é nada mais, nem menos do que uma conversinha comigo mesma...
Fiz uma viagem no fim de ano. Fui ver a família no Rio de Janeiro... Natal, passagem de ano... Cumprindo o “status quo”. Foi bom, mas não via a hora de voltar. Depois de certo tempo, porque não dizer idade, a gente não consegue ficar muito longe do que chamamos de casa, apesar de ter certeza de que a casa da gente está dentro da gente.. Isso é piegas. Eu sou assim. Bem, voltando na viagem... Peguei um ônibus em Curitiba e aportei no Rio de Janeiro. Na própria rodoviária Novo Rio (que, pelo amor do bom Deus... tem anos em reforma), entrei num micro- ônibus...na nova ortografia acho que prefixo que termina com a mesma vogal da próxima palavra, mantém hífen... Eu no micro-ônibus, passei pela cidade nova, antiga praça onze, Estácio, passando no pé do morro de São Carlos, e fui alinhavando por ruas conhecidas por mim há muito, pensando em mais uma vez chegar ao Rio de Janeiro nesta data... Lugar comum. Todas as pessoas “do mundo” freqüentam a cidade maravilhosa em dezembro e janeiro. Ufa! Desci no Largo do Machado, agradecendo ao motorista pelo tur, na minha própria cidade, sim, porque uma vez carioca... Sempre carioca. E você pode nem ter nascido lá... O Rio carimba você. Visitei minha irmã mais velha que mora na rua colada ao Largo, deixei as lembranças de natal, pois afinal já era dia 24 e a festa seria na sua casa, tomei café com meus sobrinhos Fábio e Gui e segui de metrô para Botafogo... Meu bairro natal. Nasci e me criei em Botafogo. Vendo as vilas, os casarios e as escolas transformarem-se em ruas e “grandes” edifícios... Do tipo play e sauna. A SEARS se transformar em shoping Botafogo e cinemas bem empoeirados e pornôs em salas nobres onde se paga 20,00 pra ver um filme. Haja grana pra agitar na vida cultural do Rio de Janeiro. Mas isso é outro detalhe. Passei uns três dias só de família. Olhando minha mãe e o tempo passando pra nós. Olhando meus irmãos, sobrinhos e querendo muito olhar meus amigos, mas sem saber como. É fácil entender.... Enquanto eu chego ao Rio de Janeiro, como milhares de pessoas do mundo... Meus amigos saem! Querem paz no fim de ano. Fazem eles muito bem. Foi duro encontrar um querido que fosse pra dar um beijo, desejar boas entradas... Na verdade só queria um chopp e um bom papo. Desses que a gente fica meses, no meu caso ano, esperando. No domingo, num sopro de sorte, encontrei o André Sena. Querido, querido. Passeamos como de costume na Urca. Bairro onde ele foi criado e de certa forma eu também. A Urca, colada a Botafogo, na minha época (olha a idade), a praia era propicia, e a colônia de férias do forte São João era o meu lugar. Todo ano eu lá. Maiô, sainha azul, bolsa branca com a logo do EXEFEX, gorro ou boné, muito sol e mar. Da manhã até o fim da tarde. Fui uma criança de praia. Também fui de prédio e de roça. Dependia da época do ano. Viagem salva por André Sena... Amigo. Sabemos que nosso tempo é outro... Por isso o espero aqui, na minha casa. Pra um café com bolo e muita conversa. André, amigo do tipo “deitar junto”, conversando. Do tipo também que assiste filme e se entope de chocolate pra curar a doideira e sai no meio da noite pra respirar ar fora do apartamento. Daquele também que a gente liga no meio da noite pedindo aconselhamento de alguma merda que fez e ele não só dá colo como não julga e acha normal, humano. Esse é o André. Obrigada André! Era hora de tentar aqueles que falaram tanto da sua chegada, te ver, tomar umas, pegar praia... Telefones fora da área, fixos... Não atendem. Esses partiram antes do natal e não regressaram antes da minha partida. Ô dó!!! Na terça um telefonema corta a manhã... Alô, Rô? Te acordei? É Marcelo. Ai, ai! Era a gloria... Esse cara não via há tempos. Me acordou pra dizer que seu filho nasceu: Francisco... Como ele mesmo diria: surreal, Rô, surreal! Fui buscá-lo na porta da maternidade e saímos andar pelo Catete e Largo do Machado, trocando impressões e falando cada qual da sua vida. Voltei ao ponto de partida Largo do Machado... Dessa vez pra tomar um chopp e comer bolinho de bacalhau... Naquela adega ali... Como chama? ...falha minha. Eu me perdôo. Muitas conversas, a namorada do Marcelo ligou e rumamos para o meu deleite. GOHAN... Nossa. Não quero nem narrar. Isso precisa de palavras com requinte de gastronomia... É cruel. Mas foi bom ver o povo de lá... Luisa, Carla... A galera que faz aquele lugar ser único, pra mim, no mundo. Encontrei Gloria, minha professora de canto. Nossa, fazia tempo. E sua prole... Crescida. Moça e rapaz. Nesse mesmo dia vi Marlene, querida, e rumei para o maracanã para ver Socorro Rocha. A popular visita de médico. Entrei, trocamos presentes, ela trocou de bolsa, acho, e rumou para o centro... As duas de metrô, que ela adora, correndo pra falar o máximo possível até a estação da Carioca. Ela se apressava para a saída do Cordão do Bola Preta... Nossa, reclamo que não fiz nada, mas para algumas coisas já me falta fôlego... O Rio é intenso. 100% de tudo naquela cidade, às vezes é pouco. Entre uma visita ao shoping e outra ao restaurante da esquina, uma ida a Lagoa pra ver a árvore de natal do Bradesco... Um coco com Mônica e não via a hora de voltar pra casa. Ver minhas gatas, dormir sobre os meus lençóis e perceber que não levei minha casa ao Rio... Aquele papo lá de cima... Casa... Dentro da gente. Mas o tema que não me fugiu da mente nem na ida nem na volta da viagem e me perseguiu por lá e me perseguiu aqui antes de ir e ao voltar... Onde estão meus amigos? Quem são? Como são? Que amiga sou eu? Lembro que uma vez chorosa do tema disse a uma amiga... Meus amigos ficaram no Rio, por isso sofro. E ela prontamente me disse: amigos a gente faz em todos os lugares. Pois é! Então, essa lição não aprendi. Comi bola. Não fiz aqui (Curitiba), mas também não cuidei dos de lá (Rio). Não plantei aqui e nem reguei lá. Tô no deserto. Sem maiores dramas, esse texto é só pra desopilar.
Feliz tudo em 2009!!!

Um comentário:

  1. NOSSA, GAROTA! COMO SE ATREVE A FALAR QUE VC Ñ FEZ AMIGOS EM CURITIBA??? POIS, SEI QUE NOS CONHECEMOS A POUCO TEMPO, MÁS SAIBA QUE TÚ TENS UMA AMIGONA PARA O QUE DÉR E VIER. É COMO DIZ SUA AMIGA: ''AMIGOS FAZEMOS EM TODO LUGAR'' E NÃO É QUE VC FEZ MESMO!!! RSRSRS

    ResponderExcluir